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sábado, 11 de setembro de 2010

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Oi turma, desculpem a demora, mas devido a problemas técnicos demorei a postar o material do 1º ano, mas dessa vez vai!Lembrem-se do que eu falei para vcs na sala de aula, procurem se garantir na prova, pois não sei infelizmente se estarei com vcs ainda esse mês por conta do concurso.Vale o conselho e aproveitem bem o material, ele está na íntegra. Valeu turma!!!

A História da Educação Física relaciona-se com todas as ciências que estudam o passado e o presente das atividades humanas e a sua evolução. O homem, condicionado à situações de ser pensante, desempenhou, em todas as etapas da vida, um papel importante na história da educação física, a qual se propõe a investigar a origem e o desenvolvimento progressivo de suas atividades físicas, através do tempo: sua importância, as causas de seu apogeu e da sua decadência.

A educação física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos. Assim, a sua orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades humanas.

Na Pré-História havia a preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o ponto de vista utilitário-guerreiro, sem ideia definida do ponto de vista moral.

Na Antiguidade, os gregos, entretanto, mais evoluídos, visavam ao desenvolvimento físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o aspecto somático, harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero, de onde surgiram os atletas de porte esbelto. É a fase anatômica da educação física. Já entre os romanos, que herdaram com a conquista da Grécia as atividades físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a educação física, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam à cultura inteletual e muito menos a da moral.

Na idade Média o culto ao corpo foi abolido, a Igreja católica cuidou para que as manifestações corporais em sua maioria fossem minimizadas, ao homem cabia a tarefa espiritual para evitar pecados tais como a luxúria.Nessa época a prática da atividade física ficou reduzida praticamente ao ideal da cavalaria.

Ramos Pré-históricos

Estuda a origem e a prática da educação física desde o aparecimento do homem sobre a terra, ao início da antiguidade oriental.Nessa época os homens praticavam uma educação física natural com o intuito de sobrevivência, para manter o sustento da tribo precisavam caçar animais de grande porte, o que exigia deles um bom preparo físico para correr atrás da fera e matá-la.Também percorriam longas distãncias devido a sua característica nômade,além de sobrepujar o mais fraco pela força. Comuns também eram as expressões corporais como a dança em forma de agradecimento aos deuses ou para retratar os fenômenos da natureza.
Idade da Pedra: Época em que os instrumentos eram feitos de "Sílex". Nesse período, o homem melhora a sua biomorfologia e a musculatura torna-se mais forte; manifesta seus sentimentos através das lutas, danças e gestos mímicos; à proporção que se evoluía e se aperfeiçoava, a atividade muscular se adapta às condições novas; quando as sociedades se constituíram, os fortes dominavam os fracos, porque só podia ser chefe quem tivesse poderosa musculatura.



Origem dos exercícios físicos

Quando se fala em educação física forma-se logo no pensamento a imagem de movimento ou locomoção. Logo, não se pode pensar em exercícios físicos sem primeiro atentar para a sua origem: Os antropólogos e paleontólogos, pesquisando certos terrenos geológicos, descobriram que o homem apareceu entre o fim Plioceno e o começo do Pleistoceno.

A existência humana determina necessidades econômicas. Estas obrigaram o homem a locomover-se, de uma região para outra, numa mesma época do ano, ou em épocas diferentes, iniciando, assim, inconscientemente o adestramento do corpo, melhorando, através de milhões de anos, o seu aspecto físico para vencer melhor a luta pela vida, quer procurando os bens econômicos, quer defendendo-se ou atacando, sem, no entanto, constituir-se uma preocupação diária, em virtude de ser uma prática natural, do saltar, trepar, correr, lançar, nadar, aprimorando, consequentemente, as funções orgânicas.

O elevado grau de desenvolvimento físico, decorrente do trabalho orgânico, agudeza dos sentidos de que eram dotados os povos selvagens, são provas irrefutáveis de que os exercícios físicos, nasceram instintivamente com o homem, em razão de suas necessidades econômicas e biológicas.

A observação que se faz e a conclusão a que se chega, no recém-nascido, por onde, constata-se que "o movimento é o seu gesto mais pronunciado". O instinto de mover o tronco e as extremidades primeiramente arrastando-se, depois andando de gatinhas (quadruptação), logo depois andando, trepando, correndo, saltando e, quando já adulto, sentindo-se forte, surge-lhe o instinto da luta, procurando dominar os mais fracos, depois os de igualdade de condições e às vezes os mais fortes. Esses movimentos e meios de locomoção, certamente, eram mais acentuados nos recém-nascidos primitivos do que nos civilizados, os quais sofreram os influxos progressivos do regime e do meio que passaram a viver.

Nessa altura compreende-se, pois, que a educação física teve origem com o ser vivo e sua racionalização. Com o homem, quando compreendeu ser, o desenvolvimento da potência física, necessária à sobrevivência, remontando a sua prática aos mais antigos povos orientais.
Pela repetição contínua desses exercícios, na luta pela sobrevivência, aperfeiçoava as funções educando-as gradativa e inconscientemente, segundo as leis naturais de criação (biológicas), confirmando pelo aforismo: "Natura non facit saltus" (Cuvier).

Conclusões
As atividades físicas dos povos primitivos desenvolveram-se tendo em vista, não somente as necessidades fisiológicas, mas, acima de tudo, a sua aplicação utilitária, tudo com base na imitação das diferentes fases das ocupações diárias. Os exercícios corporais se caracterizam pelas lutas, pelos jogos, pelos combates simulados ou verdadeiros, armados, com ou sem proteção, culminando com o caráter recreativo.

Educação Física na Antiguidade

Grécia

                                                                 
Na civilização ocidental, tudo de grandioso e belo tem os seus fundamentos no helenismo. O exercício físico não foge à regra. Quando dele tratamos, disse alguém, pisamos no alicerce da cultura grega. A exercitação do corpo constituía meio para formação do espírito e da moral. Platão, filósofo genial, referindo-se a ginástica, afirmava que ela unia aos cuidados do corpo o aperfeiçoamento do pensamento elevado, honesto e justo.O ideal da beleza humana para o Ocidente, nasceu nos locais desportivos da Gécia, onde a prática dos exercícios físicos e as manifestações artísticas eram consideradas irmãs.

O exercício físico estava integrado na cultura grega.Eram praticados por ambos os sexos durante toda a sua vida, produzindo mulheres esbeltas e homens vigorosos, possuidores de força, resistência e agilidade Realizava-se a corrida de velocidade, denominada estádio, como também a duplo-estádio,pentlato, luta, pugilato, pancrácio, corrida armada, corrida de cavalos, e corrida de carros, lançamento de disco, dardo, salto em distância, entre outras. Das vinte e trê provas empregadas na antiguidade, pelo menos uma vez, as mais constantes foram o pentatlo, a luta, o pugilato, o pancrácio e a corrida de carros.O programa dos jogos iniciava pela manhã e durava até o anoitecer, muitas vezes nela avançando, durando ao todo seis dias.Entre os Jogos aconteciam oferendas aos deuses, premiações e banquetes.Os campeôes olímpicos recebiam uma coroa de ramos de oliveira( a medalha da época) e a glória eterna, alguns eram recebidos em suas cidades como heróis, comuns eram as estátuas em homenagens aos heróis olímpicos.
Como prova disso transcrevemos um poema de Platão que ressalta a importância do exercício fisico para a vida do homem grego:

“O corpo humano, que encerra nossa alma, é um templo em que se aloja uma centelha da divindade. Deve-se embelezar esse templo por meio da ginástica e dos esportes, para que Deus se encontre bem nele. Assim habitá-lo-á muito tempo e nossa vida transcorrerá harmoniosamente”

Grécia e o legado dos Jogos olímpicos.

                                                           
Celebrados em Olímpia, na Grécia, eram os mais importantes e foram disputados 293 vezes, durante quase doze séculos ( 776 a.C – 393 d.C ), para elevar a Zeus, rei dos deuses, o fervor de toda a Grécia.Os jogos eram anunciados por arautos, que percorriam o país alertando o povo sobre a sua abertura. Daí por diante toda a Grécia entrava em vibração, e para Olímpia convergiam os pensamentos e energias, acontecia a confraternização da “Trégua sagrada”, entre os Estados em guerra, caso algum estado descumprisse sofria pesadas multas e até a expulsão dos jogos.Os bárbaros e escravos podiam assistir as competições. As mulheres casadas estavam interditadas a presença, havia excessão apenas para a sacerdotisa casada.

O desenrolar dos Jogos
O programa dos jogos iniciava pela manhã e durava até o anoitecer, muitas vezes nela avançando, durando ao todo seis dias.Entre os Jogos aconteciam oferendas aos deuses, premiações e banquetes.Os campeôes olímpicos recebiam uma coroa de ramos de oliveira( a medalha da época) e a glória eterna, alguns eram recebidos em suas cidades como heróis, comuns eram as estátuas em homenagens aos heróis olímpicos.
O discóbulo



O símbolo da educação física. Discóbolo (Lançador de discos) é uma famosa estátua do escultor grego Míron - produzida em torno de 455 a.C - que representa um atleta momentos antes de lançar um disco.

Míron representa o corpo em seu momento de máxima tensão; esse esforço, porém, não é refletido na face do atleta. Outras características da escultura são a harmonia, o balanceamento e a simetria das proporções corporais. Assim como tantas outras obras gregas, perdeu-se o original feito de bronze e restaram apenas cópias romanas.

Uma das réplicas mais completas da estátua foi comprada pela Alemanha Nazista, em 1938, pelo valor de cinco milhões de liras. Seu lugar já estava reservado em Berlim, todavia, Adolf Hitler decidiu enviá-la para a Gliptoteca de Munique - cidade "capital do movimento [nazista]" - e assim exibi-la no "Dia da Arte Alemã" (9 de julho de 1938) como um "presente do Führer". No pós-guerra (1948) as autoridades norte-americanas ordenaram a devolução da estátua e das várias obras de arte compradas da Itália durante o fascismo.
Bom, vimos que a educação física atingiu seu esplendor e nobre importância na antiguidade com os gregos, porém como sabemos, a Grécia foi conquistada pelo Império Romano, estes adotaram quase todos os costumes gregos, mas enquanto aos Jogos, continuaram? De certa forma sim, mas com o tempo foi perdendo suas características, principalmente a virtude da moral,os romanos o deturparam até que eles cairam em desuso com o advento do Cristianismo.Sendo assim, como os romanos encaravam a educação física? Vejamos então.
Roma
Da Grécia herdou Roma sua cultura, mas sua civilização se caracterizou pelo seu espírito prático e utilitário. Para facilidade do estudo dos exercícios físicos, entre os romanos, apresentaremos os assunto, divididos em três períodos:

No primeiro período, tempo da monarquia, o exercício físico, de influência etrusca, visava somente à preparação militar. De começo, era o soldado empregado na defesa de Roma; mais tarde na conquista interna.No segundo período, tempo dos cônsules e do início das grandes conquistas, mais se acentuou a predominância guerreira, mais da Grécia, do tempo de esplendor,foram retiradas algumas receitas de prática higiênica e desportiva.No terceiro período, tempo do império, por conseguinte de glória e decadência, mantiveram-se as práticas anteriores até certa época, para passarem pouco a pouco, a absoluto abandono, salvo quanto aos espetáculos circenses, tão cruéis e sanguinários como seus combates de gladiadores.Havia também a célebre corrida de carros e exercícios de salto sobre o touro.Com o tempo, os romanos, inspirados nos Jogos Gregos, procuraram criar os seus, sem o brilho dos gregos, devido à mentalidade do povo, orientando-os para os adestramentos militares.

Os Jogos Romanos
A origem dosa jogos romanos, com base na religião, é remotíssima. Havia jogos fúnebres, solenes, honorários e votivos, todos sem especial interesse para a educação física.Com o tempo os jogos romanos foram perdendo essas características próprias do meio. Os imperadores procuravam além das disputas como corridas de cavalos ( bigas e quadrigas) e as naumáquias ( simulados de batalhas navais) já existentes, aperfeiçoar com novas disputas para conquistar simpatia popular.Roma era uma cidade como tantas outras metrópoles dos dias atuais, belíssimas em arquitetura, mas cheias de problemas como a falta de saneamento básico, o que acarretava em inúmeras doenças e mortes junto a população. Quando havia uma ameaça de insubordinação os imperadores não demoravam a oferecer ao povo a política do “pão e circo”, que consistia simplesmente em oferecer pão (alimento) e circo (diversão) com jogos que demonstravam sadismo e violência nos anfiteatros, tendo o Coliseu como o mais famoso, onde ocorria as apresentações dos combates de gladiadores.
Os jogos de gladiadores

Os jogos de gladiadores eram os mais famosos, cheios de sensacionalismo, excitação e baixas paixões. Os combates de gladiadores, guardadas as devidas proporções, eram presenciados delirantemente pelo público, como hoje, em grande parte do muno pelas partidads de futebol.Os gladiadores escolhidos entre os prisioneiros ou escravos dotados de elevado vlor físico e ferocidade, exercitavam-se o mais das vezes, numa escola propria- a “ludus gladiatoris – dirigida pelo lanista, mestre da luta. Os romanos não procuravam em seus gladiadores, em absoluto, nenhuma das qualidades morais que os gregos exigiam dpos seus atletas. Eles eram adestrados para se exterminar mutuamente.Uma das maiores escolas de formação de gladiadipres foi sem dúvida a de Cápua, donde se originou a rebelião dos escravos encabeçada por Spartacus.
Preparo miltar
Como não podia deixar de acontecer, o arremesso de dardo com caráter militar, saltos, transportes de fardos e esgrima com lança e espada, constituía práticas indispensáveis no adestramento de jovens, futuros combatentes. Pelo visto, o exercício não pretendia formar, como na Grécia, o indivíduo com harmonia de formas e proporções, que inspirou os artistas gregos e romanos, mas o homem forte e maciço, isto é, o “homo quadratus”.

O campo de marte, situado fora de Roma, numa grande planície junto ao Tibre, jovens adestravam-se diariamente nos exercícios militares, à semelhança dos espartanos. Cumpriam um programa ditado pela necessidade bélica. Os soldados romanos endureciam-se por meio de longas marchas carregando cargas pesadas e seguindo metódicos treinamentos de corrida, habituavam-se a fadiga e à suportar sede e fome.

Idade Média
Com a queda do império romano iniciou-se o período medieval, conhecido na historiografia oficial como a “idade das trevas”, de certa forma para a educação física realmente foi, principalmente porque agora a Igreja Católica que assumira o comando no lugar do antigo império, deu um basta na idolatria ao corpo, o homem devia concentrar suas forças nas orações, os pobres camponeses deveriam apenas gastar suas energias para trabalhar na terra e enriquecer os seus senhores, principalmente a igreja.Os jogos olímpicos que já não possuíam mais o seu caráter de moral elevada através do exercício devido ao total desconhecimento dos romanos por essa tal moral, extinguiu-se por decreto do imperador cristão Teodósio, decretando os jogos um convite a luxúria, a violência e ao culto pagão.Estátuas de deuses romanos e gregos repletas de idolatria não apenas as divindades mas também as suas formas vigorosas e belas deram lugar as imagens de santos. Não houve nenhum incentivo por parte da igreja as atividades corporais, como dito antes ao corpo reservava-se apenas o trabalho duro no campo e ao espírito as constantes orações, promessas e penitências.

Claro que todas essas restrições eram direcionadas aos pobres camponeses, os nobres também deveriam zelar pela espiritualidade, mas tinham eles o privilégio do lazer, sendo assim alguns jogos eram praticados por eles na idade média.
Torneio

Era uma guerra em escala reduzida das guerras medievais de verdade.Havia no torneio o embate entre dois grupos numerosos que se chocavam um contra o outro, de sol a sol, e ao terminar havia mortos, feridos e prisioneiros, um grupo vitorioso e outro vencido. O campo de batalha era ilimitado, não existia, porém o ato deliberado de matar, porém “acidentes” aconteciam.Após a batalha, ambos os grupos reuniam-se em um grande banquete. Com o tempo as armas deixaram de ter pontas ou gumes, aumentaram-se as regras para haver menos mortes, mais parecendo com um jogo.

Justas

A justa era disputada entre dois cavaleiros, convenientemente revestidos com pesadas armaduras e protegidos com escudos especiais.Eles empunham pesadissimas lanças de ferro. Dois cavaleiros cavalgavam um em direção ao outro, o objetivo era simples: derrubar o oponente da montaria atingindo-o com a lança.Um “esporte” de pompa, apenas os nobres cavaleiros tomavam parte.




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