Páginas

domingo, 12 de setembro de 2010

EXERCÍCIOS AERÓBICOS E ANAERÓBICOS

Oi pessoal, finalmente estou postando o último arquivo para vocês estudarem para a prova, agora o material é destinado para as turmas do 3º ano.Espero que aproveitem bem, tudo que expliquei em sala está contido no texto, nem mais nem menos.Agora é com vocês.Valeu!!!

O que é exercício aeróbico?

O exercício aeróbico é considerado o mais benéfico para a saúde, pois ele melhora a capacidade cardiovascular, ajudando na diminuição de problemas como arteriosclerose e hipertensão.Esse tipo de exercício também é um dos mais indicados para quem está abandonando o sedentarismo e começamdo um programa de exercícios para a vida toda.O tipo de adaptação que essa espécie de exercício provoca no corpo é suave e agradável, e também é suave o nível de esforço mínimo para ter efeitos benéficos.
O foco do exercício aeróbico é a capacidade cardiovascular.É por seus efeitos nos batimentos cardíacos e na capacidade respiratória que se verifica se o programa de exercícios está ou não funcionando bem.É também a partir do ritmo dos batimentos que se pode controlar a intensidade do exercício e prever a evolução do programa.Considera-se exercício aeróbio todo esforço que possa ser mantido por um longo período de tempo. Costumam ser, portanto, esforços de intensidade leve ou moderada, definindo-se essa intensidade de acordo com a aptidão individual. A caminhada, a corrida, a natação, o ciclismo e a ginástica aeróbica são exercícios normalmente classificados como aeróbios devido ao tipo de exigência cardíaca e muscular que provocam, sendo possível a sua prática prolongada.


                                                                                                                        

A palavra aeróbio significa com oxigênio, ou na presença de oxigênio.Os exercícios aeróbios são um tipo de esforço que leva as células musculares a consumir mais oxigênio para oferecer mais energia para o movimento.A produção aeróbia de energia é o processo mais econõmico e eficiente do nosso corpo, é utilizado no repouso e por isso causa menos fadiga durante o exercício. Com o treinamento regular, todos os sistemas envilvidos no exercício são condicionados e melhorados. O treinamento aeróbio aumenta a capacidade aeróbia (capacidade de produzir energia a partir do oxigênio), altera o metabolismo, aumenta a eficiência para queimar gordura, reduz as reservas de gordura corporal, reduz a gordura circulante no sangue, diminuindo assim o risco de doença cardiovascular. Também aumenta a sensibilidade a insulina, reduzindo o risco de desenvolver diabetes. Em resumo, o condicionamento físico aeróbio torna os sistemas cardíaco e respiratório aptos e dispostos a trabalhar mais, sem preguiça.
O que é VO²?
É a medida da aptidão cardiorrespiratória. É a quantidade de máxima de oxigênio que seu organismo consegue extrair do sangue em um minuto durante o esforço. É medido por meio de testes clínicos, em uma esteira rolante ou outro tipo de exercício aeróbio, e expresso em mililitros (de oxigênio) por quilograma (de peso corporal) por minuto. Esse valor varia muito de pessoa para pessoa e depende de fatores genéticos e do nível de aptidão física. Em geral, quem mais se preocupa com esse tipo de teste são os atletas de ponta.Quanto maior for o VO², mais preparado o corpo estará para realizar esforços sem “apelar’ para seus sistemas de emergência e mais tempo levará para ficar exausto.

O que é frequência cardíaca máxima?
A aptidão cardiorrespiratória é o que determina a intensidade de esforço que os sistemas cardíaco e respiratório suportam. Ela é individual e depende de fatores genéticos e do nivel de atividade física que o indivíduo está acostumado a praticar. A frequência cardíaca máxima está diretamente associada à aptidão cardiorrespiratória. Expressa o número de vezes que o coração é capaz de bater por minuto.Com relação ao exercício, a frequência cardíaca máxima é o sinal vermelho. É o limite superior do seu esforço, é o ápice de trabalho que seu músculo cardíaco pode realizar e que, portanto, deve ser respeitado.O teste da FCM é realizado em clínicas por meio de uma esteira rolante ou bicicleta ergométrica.Na impossibilidade de realizar um teste clínico, existe um cálculo que embora não forneça dados precisos, funciona como uma referência próxima da realidade. Parte-se do princípio de que no início da vida se tem em média, frequência cardíaca máxima entre 220 batimentos por minuto. Assim, subtrai-se a idade de 220 e obtém-se a frequência cardíaca máxima atual:

                                                    FCM = 220 - idade
O que é exercício anaeróbico?
A produçaõ de energia pelas células, durante um esforço, pode ser aeróbia ou anaeróbia. A capacidade do organismo de produzir energia a partir do oxigênio não é infinita. Há um limite de esforço que esse sistema consegue suportar. Se o esforço aumenta acima da capacidade aeróbia, o oxigênio presente no organismo não é suficiente para produzir energia para o exercício. Então o corpo utiliza um processo que não necessita de oxigênio, chamado metabolismo anaeróbio. Esse metabolismo produz energia rapidamente, mas como consequência produz fadiga rapidamente.

O grau em que nosso organismo está trabalhando anaerobicamente é medido pelo acúmulo de lactato no sangue. O lactato sinaliza que o corpo está consumindo energia mais rapidamente do que é capaz de produzir aerobiamente. Você observa bem isso quando a respiração passa a ser mais ofegante ou quando há desconforto ou fadiga, é aquela “dorzinha” que aparece quando se está levantando um peso na academia, parece que a musculatura vai “travar”, é chamado também de acúmulo de ácido lático, um sinal que alerta você a parar o exercício ou diminuir o ritmo, pois pode causar cãimbras ou coisa pior.

Provas curtas de natação ou atletismo ( 50, 100 e 200 m), ou tiro curto, como também se costuma chamar são exemplos de esforço anaeróbio.Mas o exemplo mais clássico de esforço anaeróbio é sem díuvida a musculação. Numa atividade como essa, muitísima procurada nas academias principalmente por adolescentes, é carregada de valores benéficos para o treinamento como também repleta de mitos.Isso se dá porque durante algum tempo, principalmente nas décadas de 70 e 80, a musculação só era praticada por homens, havia a idéia que “puxar ferro” era terrivelmente prejudicial para mulheres e adolescentes.Hoje em dia com o avanço da ciência do esporte, sabe-se que a musculação pode ser benéfica até para idosos e crianças (se bem orientada). Atualmente, pessoas de todas as idades praticam essa atividade, porém, outro problema que permeia o mundo das academias é a procura indiscriminada de algumas pessoas por esteróides anabolizantes (“bomba”), que são hormônios masculinos que aumentam em pouco tempo a massa muscular da pessoa, porém, em consequência causa efeitos colaterais terríveis com o uso prolongado, levando às vezes, a morte.

                                                   

Bom, isso tudo é para explicar que se você pretende malhar, procure uma boa academia e um bom profissional de educação física, com certeza ele vai perguntar qual o seu objetivo antes de começar o treino, se for ganhar muita massa muscular, você fará um trabalho de hipertrofia, de forma natural sem apelar por esteróides, isso leva tempo devido principalmente ao princípio da individualidade biológica.Caso você não queira ganhar tanta maasa muscular, mas apenas definir melhor a sua musculatura e manter a boa forma, você fará um trabalho de resistência muscular.
Tipos de fibras musculares
Ao estudar o que vimos acima lidamos necessariamente com o sistema muscular, para realizar esforços dependemos de um tipo de musculatura, o corpo humano possui três, como demonstra a figura abaixo:



O que nos interessa diretamente, é a musculatura esquelética, voluntária ou estriada, ela é a responsável pelas diversas contrações musculares, um processo que envolve também o sistema nervoso. A musculatura lisa ou involuntária são as que revestem os órgãos internos e vísceras, já a musculatura cardíaca, como o nome já menciona, é exclusiva do nosso coração, responsável pelos nossos batimentos cardíacos.Mas reforço, para o assunto em questão, a musculatura esquelética é a que torna possível a locomoção do esqueleto e a prática das diversas atividades físicas, sejam elas aeróbicas ou anaeróbicas.



sábado, 11 de setembro de 2010

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Oi turma, desculpem a demora, mas devido a problemas técnicos demorei a postar o material do 1º ano, mas dessa vez vai!Lembrem-se do que eu falei para vcs na sala de aula, procurem se garantir na prova, pois não sei infelizmente se estarei com vcs ainda esse mês por conta do concurso.Vale o conselho e aproveitem bem o material, ele está na íntegra. Valeu turma!!!

A História da Educação Física relaciona-se com todas as ciências que estudam o passado e o presente das atividades humanas e a sua evolução. O homem, condicionado à situações de ser pensante, desempenhou, em todas as etapas da vida, um papel importante na história da educação física, a qual se propõe a investigar a origem e o desenvolvimento progressivo de suas atividades físicas, através do tempo: sua importância, as causas de seu apogeu e da sua decadência.

A educação física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos. Assim, a sua orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades humanas.

Na Pré-História havia a preocupação do desenvolvimento da força bruta, sob o ponto de vista utilitário-guerreiro, sem ideia definida do ponto de vista moral.

Na Antiguidade, os gregos, entretanto, mais evoluídos, visavam ao desenvolvimento físico e moral do homem. Nesse período, a educação física visava o aspecto somático, harmonia de formas, musculatura saliente, sem exagero, de onde surgiram os atletas de porte esbelto. É a fase anatômica da educação física. Já entre os romanos, que herdaram com a conquista da Grécia as atividades físicas dos gregos, em plena decadência, orientavam a educação física, objetivando o desenvolvimento das massas musculares. Pouco se dedicavam à cultura inteletual e muito menos a da moral.

Na idade Média o culto ao corpo foi abolido, a Igreja católica cuidou para que as manifestações corporais em sua maioria fossem minimizadas, ao homem cabia a tarefa espiritual para evitar pecados tais como a luxúria.Nessa época a prática da atividade física ficou reduzida praticamente ao ideal da cavalaria.

Ramos Pré-históricos

Estuda a origem e a prática da educação física desde o aparecimento do homem sobre a terra, ao início da antiguidade oriental.Nessa época os homens praticavam uma educação física natural com o intuito de sobrevivência, para manter o sustento da tribo precisavam caçar animais de grande porte, o que exigia deles um bom preparo físico para correr atrás da fera e matá-la.Também percorriam longas distãncias devido a sua característica nômade,além de sobrepujar o mais fraco pela força. Comuns também eram as expressões corporais como a dança em forma de agradecimento aos deuses ou para retratar os fenômenos da natureza.
Idade da Pedra: Época em que os instrumentos eram feitos de "Sílex". Nesse período, o homem melhora a sua biomorfologia e a musculatura torna-se mais forte; manifesta seus sentimentos através das lutas, danças e gestos mímicos; à proporção que se evoluía e se aperfeiçoava, a atividade muscular se adapta às condições novas; quando as sociedades se constituíram, os fortes dominavam os fracos, porque só podia ser chefe quem tivesse poderosa musculatura.



Origem dos exercícios físicos

Quando se fala em educação física forma-se logo no pensamento a imagem de movimento ou locomoção. Logo, não se pode pensar em exercícios físicos sem primeiro atentar para a sua origem: Os antropólogos e paleontólogos, pesquisando certos terrenos geológicos, descobriram que o homem apareceu entre o fim Plioceno e o começo do Pleistoceno.

A existência humana determina necessidades econômicas. Estas obrigaram o homem a locomover-se, de uma região para outra, numa mesma época do ano, ou em épocas diferentes, iniciando, assim, inconscientemente o adestramento do corpo, melhorando, através de milhões de anos, o seu aspecto físico para vencer melhor a luta pela vida, quer procurando os bens econômicos, quer defendendo-se ou atacando, sem, no entanto, constituir-se uma preocupação diária, em virtude de ser uma prática natural, do saltar, trepar, correr, lançar, nadar, aprimorando, consequentemente, as funções orgânicas.

O elevado grau de desenvolvimento físico, decorrente do trabalho orgânico, agudeza dos sentidos de que eram dotados os povos selvagens, são provas irrefutáveis de que os exercícios físicos, nasceram instintivamente com o homem, em razão de suas necessidades econômicas e biológicas.

A observação que se faz e a conclusão a que se chega, no recém-nascido, por onde, constata-se que "o movimento é o seu gesto mais pronunciado". O instinto de mover o tronco e as extremidades primeiramente arrastando-se, depois andando de gatinhas (quadruptação), logo depois andando, trepando, correndo, saltando e, quando já adulto, sentindo-se forte, surge-lhe o instinto da luta, procurando dominar os mais fracos, depois os de igualdade de condições e às vezes os mais fortes. Esses movimentos e meios de locomoção, certamente, eram mais acentuados nos recém-nascidos primitivos do que nos civilizados, os quais sofreram os influxos progressivos do regime e do meio que passaram a viver.

Nessa altura compreende-se, pois, que a educação física teve origem com o ser vivo e sua racionalização. Com o homem, quando compreendeu ser, o desenvolvimento da potência física, necessária à sobrevivência, remontando a sua prática aos mais antigos povos orientais.
Pela repetição contínua desses exercícios, na luta pela sobrevivência, aperfeiçoava as funções educando-as gradativa e inconscientemente, segundo as leis naturais de criação (biológicas), confirmando pelo aforismo: "Natura non facit saltus" (Cuvier).

Conclusões
As atividades físicas dos povos primitivos desenvolveram-se tendo em vista, não somente as necessidades fisiológicas, mas, acima de tudo, a sua aplicação utilitária, tudo com base na imitação das diferentes fases das ocupações diárias. Os exercícios corporais se caracterizam pelas lutas, pelos jogos, pelos combates simulados ou verdadeiros, armados, com ou sem proteção, culminando com o caráter recreativo.

Educação Física na Antiguidade

Grécia

                                                                 
Na civilização ocidental, tudo de grandioso e belo tem os seus fundamentos no helenismo. O exercício físico não foge à regra. Quando dele tratamos, disse alguém, pisamos no alicerce da cultura grega. A exercitação do corpo constituía meio para formação do espírito e da moral. Platão, filósofo genial, referindo-se a ginástica, afirmava que ela unia aos cuidados do corpo o aperfeiçoamento do pensamento elevado, honesto e justo.O ideal da beleza humana para o Ocidente, nasceu nos locais desportivos da Gécia, onde a prática dos exercícios físicos e as manifestações artísticas eram consideradas irmãs.

O exercício físico estava integrado na cultura grega.Eram praticados por ambos os sexos durante toda a sua vida, produzindo mulheres esbeltas e homens vigorosos, possuidores de força, resistência e agilidade Realizava-se a corrida de velocidade, denominada estádio, como também a duplo-estádio,pentlato, luta, pugilato, pancrácio, corrida armada, corrida de cavalos, e corrida de carros, lançamento de disco, dardo, salto em distância, entre outras. Das vinte e trê provas empregadas na antiguidade, pelo menos uma vez, as mais constantes foram o pentatlo, a luta, o pugilato, o pancrácio e a corrida de carros.O programa dos jogos iniciava pela manhã e durava até o anoitecer, muitas vezes nela avançando, durando ao todo seis dias.Entre os Jogos aconteciam oferendas aos deuses, premiações e banquetes.Os campeôes olímpicos recebiam uma coroa de ramos de oliveira( a medalha da época) e a glória eterna, alguns eram recebidos em suas cidades como heróis, comuns eram as estátuas em homenagens aos heróis olímpicos.
Como prova disso transcrevemos um poema de Platão que ressalta a importância do exercício fisico para a vida do homem grego:

“O corpo humano, que encerra nossa alma, é um templo em que se aloja uma centelha da divindade. Deve-se embelezar esse templo por meio da ginástica e dos esportes, para que Deus se encontre bem nele. Assim habitá-lo-á muito tempo e nossa vida transcorrerá harmoniosamente”

Grécia e o legado dos Jogos olímpicos.

                                                           
Celebrados em Olímpia, na Grécia, eram os mais importantes e foram disputados 293 vezes, durante quase doze séculos ( 776 a.C – 393 d.C ), para elevar a Zeus, rei dos deuses, o fervor de toda a Grécia.Os jogos eram anunciados por arautos, que percorriam o país alertando o povo sobre a sua abertura. Daí por diante toda a Grécia entrava em vibração, e para Olímpia convergiam os pensamentos e energias, acontecia a confraternização da “Trégua sagrada”, entre os Estados em guerra, caso algum estado descumprisse sofria pesadas multas e até a expulsão dos jogos.Os bárbaros e escravos podiam assistir as competições. As mulheres casadas estavam interditadas a presença, havia excessão apenas para a sacerdotisa casada.

O desenrolar dos Jogos
O programa dos jogos iniciava pela manhã e durava até o anoitecer, muitas vezes nela avançando, durando ao todo seis dias.Entre os Jogos aconteciam oferendas aos deuses, premiações e banquetes.Os campeôes olímpicos recebiam uma coroa de ramos de oliveira( a medalha da época) e a glória eterna, alguns eram recebidos em suas cidades como heróis, comuns eram as estátuas em homenagens aos heróis olímpicos.
O discóbulo



O símbolo da educação física. Discóbolo (Lançador de discos) é uma famosa estátua do escultor grego Míron - produzida em torno de 455 a.C - que representa um atleta momentos antes de lançar um disco.

Míron representa o corpo em seu momento de máxima tensão; esse esforço, porém, não é refletido na face do atleta. Outras características da escultura são a harmonia, o balanceamento e a simetria das proporções corporais. Assim como tantas outras obras gregas, perdeu-se o original feito de bronze e restaram apenas cópias romanas.

Uma das réplicas mais completas da estátua foi comprada pela Alemanha Nazista, em 1938, pelo valor de cinco milhões de liras. Seu lugar já estava reservado em Berlim, todavia, Adolf Hitler decidiu enviá-la para a Gliptoteca de Munique - cidade "capital do movimento [nazista]" - e assim exibi-la no "Dia da Arte Alemã" (9 de julho de 1938) como um "presente do Führer". No pós-guerra (1948) as autoridades norte-americanas ordenaram a devolução da estátua e das várias obras de arte compradas da Itália durante o fascismo.
Bom, vimos que a educação física atingiu seu esplendor e nobre importância na antiguidade com os gregos, porém como sabemos, a Grécia foi conquistada pelo Império Romano, estes adotaram quase todos os costumes gregos, mas enquanto aos Jogos, continuaram? De certa forma sim, mas com o tempo foi perdendo suas características, principalmente a virtude da moral,os romanos o deturparam até que eles cairam em desuso com o advento do Cristianismo.Sendo assim, como os romanos encaravam a educação física? Vejamos então.
Roma
Da Grécia herdou Roma sua cultura, mas sua civilização se caracterizou pelo seu espírito prático e utilitário. Para facilidade do estudo dos exercícios físicos, entre os romanos, apresentaremos os assunto, divididos em três períodos:

No primeiro período, tempo da monarquia, o exercício físico, de influência etrusca, visava somente à preparação militar. De começo, era o soldado empregado na defesa de Roma; mais tarde na conquista interna.No segundo período, tempo dos cônsules e do início das grandes conquistas, mais se acentuou a predominância guerreira, mais da Grécia, do tempo de esplendor,foram retiradas algumas receitas de prática higiênica e desportiva.No terceiro período, tempo do império, por conseguinte de glória e decadência, mantiveram-se as práticas anteriores até certa época, para passarem pouco a pouco, a absoluto abandono, salvo quanto aos espetáculos circenses, tão cruéis e sanguinários como seus combates de gladiadores.Havia também a célebre corrida de carros e exercícios de salto sobre o touro.Com o tempo, os romanos, inspirados nos Jogos Gregos, procuraram criar os seus, sem o brilho dos gregos, devido à mentalidade do povo, orientando-os para os adestramentos militares.

Os Jogos Romanos
A origem dosa jogos romanos, com base na religião, é remotíssima. Havia jogos fúnebres, solenes, honorários e votivos, todos sem especial interesse para a educação física.Com o tempo os jogos romanos foram perdendo essas características próprias do meio. Os imperadores procuravam além das disputas como corridas de cavalos ( bigas e quadrigas) e as naumáquias ( simulados de batalhas navais) já existentes, aperfeiçoar com novas disputas para conquistar simpatia popular.Roma era uma cidade como tantas outras metrópoles dos dias atuais, belíssimas em arquitetura, mas cheias de problemas como a falta de saneamento básico, o que acarretava em inúmeras doenças e mortes junto a população. Quando havia uma ameaça de insubordinação os imperadores não demoravam a oferecer ao povo a política do “pão e circo”, que consistia simplesmente em oferecer pão (alimento) e circo (diversão) com jogos que demonstravam sadismo e violência nos anfiteatros, tendo o Coliseu como o mais famoso, onde ocorria as apresentações dos combates de gladiadores.
Os jogos de gladiadores

Os jogos de gladiadores eram os mais famosos, cheios de sensacionalismo, excitação e baixas paixões. Os combates de gladiadores, guardadas as devidas proporções, eram presenciados delirantemente pelo público, como hoje, em grande parte do muno pelas partidads de futebol.Os gladiadores escolhidos entre os prisioneiros ou escravos dotados de elevado vlor físico e ferocidade, exercitavam-se o mais das vezes, numa escola propria- a “ludus gladiatoris – dirigida pelo lanista, mestre da luta. Os romanos não procuravam em seus gladiadores, em absoluto, nenhuma das qualidades morais que os gregos exigiam dpos seus atletas. Eles eram adestrados para se exterminar mutuamente.Uma das maiores escolas de formação de gladiadipres foi sem dúvida a de Cápua, donde se originou a rebelião dos escravos encabeçada por Spartacus.
Preparo miltar
Como não podia deixar de acontecer, o arremesso de dardo com caráter militar, saltos, transportes de fardos e esgrima com lança e espada, constituía práticas indispensáveis no adestramento de jovens, futuros combatentes. Pelo visto, o exercício não pretendia formar, como na Grécia, o indivíduo com harmonia de formas e proporções, que inspirou os artistas gregos e romanos, mas o homem forte e maciço, isto é, o “homo quadratus”.

O campo de marte, situado fora de Roma, numa grande planície junto ao Tibre, jovens adestravam-se diariamente nos exercícios militares, à semelhança dos espartanos. Cumpriam um programa ditado pela necessidade bélica. Os soldados romanos endureciam-se por meio de longas marchas carregando cargas pesadas e seguindo metódicos treinamentos de corrida, habituavam-se a fadiga e à suportar sede e fome.

Idade Média
Com a queda do império romano iniciou-se o período medieval, conhecido na historiografia oficial como a “idade das trevas”, de certa forma para a educação física realmente foi, principalmente porque agora a Igreja Católica que assumira o comando no lugar do antigo império, deu um basta na idolatria ao corpo, o homem devia concentrar suas forças nas orações, os pobres camponeses deveriam apenas gastar suas energias para trabalhar na terra e enriquecer os seus senhores, principalmente a igreja.Os jogos olímpicos que já não possuíam mais o seu caráter de moral elevada através do exercício devido ao total desconhecimento dos romanos por essa tal moral, extinguiu-se por decreto do imperador cristão Teodósio, decretando os jogos um convite a luxúria, a violência e ao culto pagão.Estátuas de deuses romanos e gregos repletas de idolatria não apenas as divindades mas também as suas formas vigorosas e belas deram lugar as imagens de santos. Não houve nenhum incentivo por parte da igreja as atividades corporais, como dito antes ao corpo reservava-se apenas o trabalho duro no campo e ao espírito as constantes orações, promessas e penitências.

Claro que todas essas restrições eram direcionadas aos pobres camponeses, os nobres também deveriam zelar pela espiritualidade, mas tinham eles o privilégio do lazer, sendo assim alguns jogos eram praticados por eles na idade média.
Torneio

Era uma guerra em escala reduzida das guerras medievais de verdade.Havia no torneio o embate entre dois grupos numerosos que se chocavam um contra o outro, de sol a sol, e ao terminar havia mortos, feridos e prisioneiros, um grupo vitorioso e outro vencido. O campo de batalha era ilimitado, não existia, porém o ato deliberado de matar, porém “acidentes” aconteciam.Após a batalha, ambos os grupos reuniam-se em um grande banquete. Com o tempo as armas deixaram de ter pontas ou gumes, aumentaram-se as regras para haver menos mortes, mais parecendo com um jogo.

Justas

A justa era disputada entre dois cavaleiros, convenientemente revestidos com pesadas armaduras e protegidos com escudos especiais.Eles empunham pesadissimas lanças de ferro. Dois cavaleiros cavalgavam um em direção ao outro, o objetivo era simples: derrubar o oponente da montaria atingindo-o com a lança.Um “esporte” de pompa, apenas os nobres cavaleiros tomavam parte.




quinta-feira, 2 de setembro de 2010

HIPERTENSÃO

EDUCAÇÃO FÍSICA                                                                        MARCELO PAIVA

                                                   
Oi, estou postando o último assunto para aprova das turmas do 2º ano do ABS, estou devendo as demais turmas, mas estava praticamente sem internet e tempo.Agora as coisas se encaixaram e vai dar tudo certo. Boa Prova para vocês!



HIPERTENSÃO


 
O coração é uma bomba eficiente que bate de 60 a 80 vezes por minuto durante toda a nossa vida e impulsiona de 5 a 6 litros de sangue por minuto para todo o corpo.

Pressão arterial é a força com a qual o coração bombeia o sangue através dos vasos. É determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência que ele encontra para circular no corpo.

Ela pode ser modificada pela variação do volume de sangue ou viscosidade (espessura) do sangue, da freqüência cardíaca (batimentos cardíacos por minuto) e da elasticidade dos vasos. Os estímulos hormonais e nervosos que regulam a resistência sangüínea sofrem a influência pessoal e ambiental.

O que é?

Hipertensão arterial é a pressão arterial acima de 140x90 mmHg (milímetros de mercúrio) em adultos com mais de 18 anos, medida em repouso de quinze minutos e confirmada em três vezes consecutivas e em várias visitas médicas.

Elevações ocasionais da pressão podem ocorrer com exercícios físicos, nervosismo, preocupações, drogas, alimentos, fumo, álcool e café.

Cuidados para medir a pressão arterial:

• repouso de 15 minutos em ambiente calmo e agradável

• a bexiga deve estar vazia (urinar antes)

• após exercícios, álcool, café ou fumo aguardar 30 minutos para medir

• o manguito do aparelho de pressão deve estar firme e bem ajustado ao braço e ter a largura de 40% da circunferência do braço,sendo que este deve ser mantido na altura do coração

• não falar durante o procedimento

• esperar 1 a 2 minutos entre as medidas

• manguito especial para crianças e obesos devem ser usados

• a posição sentada ou deitada é a recomendada na rotina das medidas

• vale a medida de menor valor obtido

Níveis de pressão arterial

A pressão arterial é considerada normal quando a pressão sistólica (máxima) não ultrapassar a 130 e a diastólica (mínima) for inferior a 85 mmHg.

De acordo com a situação clínica, recomenda-se que as medidas sejam repetidas pelo menos em duas ou mais visitas clínicas.

No quadro abaixo, vemos as variações da pressão arterial normal e hipertensão em adultos:

SÍSTOLE DIÁSTOLE Nível

130 85 Normal

130-139 85- 89 Normal limítrofe

140 -159 90 - 99 Hipertensão leve

160-179 100-109 Hipertensão moderada

> 179 > 109 Hipertensão grave

> 140 >90 Hipertensão sistólica ou máxima

No Brasil 10 a 15% da população é hipertensa. A maioria das pessoas desconhece que são portadoras de hipertensão.

A hipertensão arterial pode ser sistólica e diastólica (máxima e mínima) ou só sistólica (máxima). A maioria desses indivíduos, 95%, tem hipertensão arterial chamada de essencial ou primária (sem causa) e 5% têm hipertensão arterial secundária a uma causa bem definida.

O achado de hipertensão arterial é elevado nos obesos 20 a 40%, diabéticos 30 a 60%, negros 20 a 30% e idosos 30 a 50%. Nos idosos, quase sempre a hipertensão é só sistólica ou máxima.

Hipertensão arterial sistêmica

A hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônica que, quando não tratada e controlada adequadamente, pode levar a complicações que podem atingir outros órgãos e sistemas.



• No sistema nervoso central podem ocorrer infartos, hemorragia e encefalopatia hipertensiva.

VA • No coração, pode ocorrer cardiopatia isquêmica , insuficiência cardíaca, aumento do coração e, em alguns casos, morte súbita.

• Nos pacientes com insuficiência renal crônica associada sempre ocorre nefroesclerose.

• No sistema vascular, pode ocorrer entupimentos e obstruções das artérias carótidas, aneurisma de aorta e doença vascular periférica dos membros inferiores.

• No sistema visual, há retinopatia que reduz muito a visão dos pacientes.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico

O que é pressão alta?

Qual o nível da minha pressão?

Devo fazer verificação da minha pressão em casa?

O que pode me acontecer se eu não tratar a pressão alta?

Quais os efeitos colaterais do tratamento?



terça-feira, 24 de agosto de 2010

OBESIDADE

 Olá , voltei com o tema OBESIDADE, na postagem anterior falamos sobre DIABETES, esse conteúdp é para o 2º ano, em breve postarei o material do 1º e 3 ano.Lembrando que esse material é de fundamental importância para a prova.
 
 
OBESIDADE


 
Sinônimos e Nomes populares:
 
Excesso de peso corporal, aumento do peso corporal; aumento de gordura, gordura.
 
O que é?
 
Denomina-se obesidade uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo.
 
Como se desenvolve ou se adquire?
 
Nas diversas etapas do seu desenvolvimento, o organismo humano é o resultado de diferentes interações entre o seu patrimônio genético (herdado de seus pais e familiares), o ambiente socioeconômico, cultural e educativo e o seu ambiente individual e familiar. Assim, uma determinada pessoa apresenta diversas características peculiares que a distinguem, especialmente em sua saúde e nutrição.
 
A obesidade é o resultado de diversas dessas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos genéticos, ambientais e comportamentais. Assim, filhos com ambos os pais obesos apresentam alto risco de obesidade, bem como determinadas mudanças sociais estimulam o aumento de peso em todo um grupo de pessoas. Recentemente, vem se acrescentando uma série de conhecimentos científicos referentes aos diversos mecanismos pelos quais se ganha peso, demonstrando cada vez mais que essa situação se associa na maioria das vezes, com diversos fatores.
 
Independente da importância dessas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento da ingesta alimentar e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingestão. O aumento da ingestão pode ser decorrente da quantidade de alimentos ingeridos ou de modificações de sua qualidade, resultando numa ingestão calórica total aumentada. O gasto energético, por sua vez, pode estar associado a características genéticas ou ser dependente de uma série de fatores clínicos e endócrinos, incluindo doenças nas quais a obesidade é decorrente de distúrbios hormonais.
 
O que se sente?
 
O excesso de gordura corporal não provoca sinais e sintomas diretos, salvo quando atinge valores extremos. Independente da severidade, o paciente apresenta importantes limitações estéticas, acentuadas pelo padrão atual de beleza, que exige um peso corporal até menor do que o aceitável como normal.
 
Pacientes obesos apresentam limitações de movimento, tendem a ser contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura, com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso, sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando em longo prazo degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e tornozelos, além de doença varicosa superficial e profunda (varizes) com úlceras de repetição e erisipela.
 
A obesidade é fator de risco para uma série de doenças ou distúrbios que podem ser
 
  • Hipertensão arterial Distúrbios lipídico;
  • Doenças cardiovasculares Hipercolesterolemia;
  • Doenças cérebro-vasculares Diminuição de HDL ("colesterol bom");
  • Diabetes Mellitus tipo II Aumento da insulina;
  • Câncer Intolerância à glicose ;
  • Osteoartrite Distúrbios menstruais/Infertilidade; 
  • Coledocolitíase Apnéia do sono.
 
Assim, pacientes obesos apresentam severo risco para uma série de doenças e distúrbios, o que faz com que tenham uma diminuição muito importante da sua expectativa de vida, principalmente quando são portadores de obesidade mórbida (ver a seguir).
 
Como o médico faz o diagnóstico?
 
A forma mais amplamente recomendada para avaliação do peso corporal em adultos é o IMC (índice de massa corporal), recomendado inclusive pela Organização Mundial da Saúde. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg) pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura) (ver ítem Avaliação Corporal, nesse site). O valor assim obtido estabelece o diagnóstico da obesidade e caracteriza também os riscos associados conforme apresentado a seguir:
 
IMC ( kg/m2) Grau de Risco Tipo de obesidade
 
18 a 24,9 Peso saudável Ausente
 
25 a 29,9 Moderado Sobrepeso ( Pré-Obesidade )
 
30 a 34,9 Alto Obesidade Grau I
 
35 a 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II
 
40 ou mais Extremo Obesidade Grau III ("Mórbida")
 
Conforme pode ser observado, o peso normal, no indivíduo adulto, com mais de 20 anos de idade, varia conforme sua altura, o que faz com que possamos também estabelecer os limites inferiores e superiores de peso corporal.
 
A obesidade apresenta ainda algumas características que são importantes para a repercussão de seus riscos, dependendo do segmento corporal no qual há predominância.
 
Obesidade Difusa ou Generalizada
 
Obesidade Ginecóide, na qual a deposição de gordura predomina ao nível do quadril, fazendo com que o paciente apresente uma forma corporal semelhante a uma pêra. Está associada a um risco maior risco de artrose e varizes.
 
Essa classificação, por definir alguns riscos, é muito importante e por esse motivo fez com que se criasse um índice denominado Relação Cintura-Quadril, que é obtido pela divisão da circunferência da cintura abdominal pela circunferência do quadril do paciente. De uma forma geral se aceita que existem riscos metabólicos quando a Relação Cintura-Quadril seja maior do que 0,9 no homem e 0,8 na mulher. A simples medida da circunferência abdominal:
 
Risco Aumentado Risco Muito Aumentado
 
Homem 94 cm 102 cm
 
Mulher 80 cm 88 cm
 
A gordura corporal pode ser estimada também a partir da medida de pregas cutâneas, principalmente ao nível do cotovelo, ou a partir de equipamentos como a Bioimpedância, a Tomografia Computadorizada, o Ultrassom e a Ressonância Magnética. Essas técnicas são úteis apenas em alguns casos, nos quais se pretende determinar com mais detalhe a constituição corporal.
 
Na criança e no adolescente, os critérios diagnósticos dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do paciente.
 
De acordo com suas causas, a obesidade pode ainda ser classificada conforme a tabela a seguir.
 
 
 
Causas:
 
Obesidade por Distúrbio Nutricional
 
Dietas ricas em gorduras
 
Dietas de lancherias
 
Obesidade por Inatividade Física
 
Sedentarismo
 
Incapacidade obrigatória
 
Idade avançada
 
Obesidade Secundária a Alterações Endócrinas
 
Síndromes hipotalâmicas
 
Síndrome de Cushing
 
Hipotireoidismo
 
Ovários Policísticos
 
Pseudohipaparatireoidismo
 
Hipogonadismo
 
Déficit de hormônio de crescimento
 
Aumento de insulina e tumores pancreáticos produtores de insulina
 
Obesidades Secundárias
 
Sedentarismo
 
Drogas: psicotrópicos, corticóides, antidepressivos tricíclicos, lítio, fenotiazinas, ciproheptadina, medroxiprogesterona
 
Cirurgia hipotalâmica
 
Obesidades de Causa Genética
 
Autossômica recessiva
 
Ligada ao cromossomo X
 
Cromossômicas (Prader-Willi)
 
Síndrome de Lawrence-Moon-Biedl
 
Cabe salientar ainda que a avaliação médica do paciente obeso deve incluir uma história e um exame clínico detalhados e, de acordo com essa avaliação, o médico irá investigar ou não as diversas causas do distúrbio. Assim, serão necessários exames específicos para cada uma das situações. Se o paciente apresentar "apenas" obesidade, o médico deverá proceder a uma avaliação laboratorial mínima, incluindo hemograma, creatinina, glicemia de jejum, ácido úrico, colesterol total e HDL, triglicerídeos e exame comum de urina.
 
Na eventual presença de hipertensão arterial ou suspeita de doença cardiovascular associada, poderão ser realizados também exames específicos (Rx de tórax, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste ergométrico) que serão úteis principalmente pela perspectiva futura de recomendação de exercício para o paciente.
 
A partir dessa abordagem inicial, poderá ser identificada também uma situação na qual o excesso de peso apresenta importante componente comportamental, podendo ser necessária a avaliação e o tratamento psiquiátrico.
 
A partir das diversas considerações acima apresentadas, julgamos importante salientar que um paciente obeso, antes de iniciar qualquer medida de tratamento, deve realizar uma consulta médica no sentido de esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as diversas repercussões do seu distúrbio.
 
Como se trata?
 
O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, o aumento da atividade física e, eventualmente, o uso de algumas medicações auxiliares. Dependendo da situação de cada paciente, pode estar indicado o tratamento comportamental envolvendo o psiquiatra. Nos casos de obesidade secundária a outras doenças, o tratamento deve inicialmente ser dirigido para a causa do distúrbio.
 
Reeducação Alimentar
 
Independente do tratamento proposto, a reeducação alimentar é fundamental, uma vez que, através dela, reduziremos a ingesta calórica total e o ganho calórico decorrente. Esse procedimento pode necessitar de suporte emocional ou social, através de tratamentos específicos (psicoterapia individual, em grupo ou familiar). Nessa situação, são amplamente conhecidos grupos de reforço emocional que auxiliam as pessoas na perda de peso.
 
Independente desse suporte, porém, a orientação dietética é fundamental.
 
Dentre as diversas formas de orientação dietética, a mais aceita cientificamente é a dieta hipocalórica balanceada, na qual o paciente receberá uma dieta calculada com quantidades calóricas dependentes de sua atividade física, sendo os alimentos distribuídos em 5 a 6 refeições por dia, com aproximadamente 50 a 60% de carboidratos, 25 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas.
 
Não são recomendadas dietas muito restritas (com menos de 800 calorias, por exemplo), uma vez que essas apresentam riscos metabólicos graves, como alterações metabólicas, acidose e arritmias cardíacas.
 
Dietas somente com alguns alimentos (dieta do abacaxi, por exemplo) ou somente com líquidos (dieta da água) também não são recomendadas, por apresentarem vários problemas. Dietas com excesso de gordura e proteína também são bastante discutíveis, uma vez que pioram as alterações de gordura do paciente além de aumentarem a deposição de gordura no fígado e outros órgãos.
 
Exercício
 
É importante considerar que atividade física é qualquer movimento corporal produzido por músculos esqueléticos que resulta em gasto energético e que exercício é uma atividade física planejada e estruturada com o propósito de melhorar ou manter o condicionamento físico.
 
O exercício apresenta uma série de benefícios para o paciente obeso, melhorando o rendimento do tratamento com dieta. Entre os diversos efeitos se incluem:
 
• a diminuição do apetite,
 
• o aumento da ação da insulina,
 
• a melhora do perfil de gorduras,
 
• a melhora da sensação de bem-estar e auto-estimaaa.
 
O paciente deve ser orientado a realizar exercícios regulares, pelo menos de 30 a 40 minutos, ao menos 4 vezes por semana, inicialmente leves e a seguir moderados. Esta atividade, em algumas situações, pode requerer profissional e ambiente especializado, sendo que, na maioria das vezes, a simples recomendação de caminhadas rotineiras já provoca grandes benefícios, estando incluída no que se denomina "mudança do estilo de vida" do paciente.
 
Drogas
 
A utilização de medicamentos como auxiliares no tratamento do paciente obeso deve ser realizada com cuidado, não sendo em geral o aspecto mais importante das medidas empregadas. Devem ser preferidos também medicamentos de marca comercial conhecida. Cada medicamento específico, dependendo de sua composição farmacológica, apresenta diversos efeitos colaterais, alguns deles bastante graves como arritmias cardíacas, surtos psicóticos e dependência química. Por essa razão devem ser utilizados apenas em situações especiais de acordo com o julgamento criterioso do médico assistente.
 
No que se refere ao tratamento medicamentoso da obesidade, é importante salientar que o uso de uma série de substâncias não apresenta respaldo científico. Entre elas se incluem os diuréticos, os laxantes, os estimulantes, os sedativos e uma série de outros produtos freqüentemente recomendados como "fórmulas para emagrecimento". Essa estratégia, além de perigosa, não traz benefícios em longo prazo, fazendo com que o paciente retorne ao peso anterior ou até ganhe mais peso do que o seu inicial.
 
Como se previne?
 
Uma dieta saudável deve ser sempre incentivada já na infância, evitando-se que crianças apresentem peso acima do normal. A dieta deve estar incluída em princípios gerais de vida saudável, na qual se incluem a atividade física, o lazer, os relacionamentos afetivos adequados e uma estrutura familiar organizada. No paciente que apresentava obesidade e obteve sucesso na perda de peso, o tratamento de manutenção deve incluir a permanência da atividade física e de uma alimentação saudável a longo prazo. Esses aspectos somente serão alcançados se estiverem acompanhados de uma mudança geral no estilo de vida do paciente.

 

 

 

domingo, 22 de agosto de 2010

MATERIAL DE ESTUDO

Olá, como havia prometido estou começando a postar os arquivos com o material da prova,não deixem para última hora, o primeiro assunto é OBESIDADE, um dos temas para as turmas do 2º ano.

 

 
EDUCAÇÃO FÍSICA PROF. MARCELO PAIVA
 
DIABETES MELLITUS ( DM )
Sinônimos:
Diabetes, hiperglicemia
Nomes populares:
Açúcar no sangue aumentado
O que é ?
Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.
O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Nos dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença, principalmente no Brasil. Os tipos são:
Diabetes Mellitus tipo I:
Ocasionado pela destruição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina.
Diabetes Mellitus tipo II:
Provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma relativa deficiência de sua secreção.
Outras formas de Diabetes Mellitus:
quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos, drogas ou outras doenças endócrinas.
Diabetes Gestacional:
Circunstância na qual a doença é diagnosticada durante a gestação, em paciente sem aumento prévio da glicose.
Como se desenvolve?
Conforme pode ser observado no item acima (formas clínicas), são várias as causas do DM.
No DM tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina (células beta). Assim sendo, nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos sendo os mais importantes o anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.
No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão anatômica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.
O que se sente ?
Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo. Os sintomas são:
sede excessiva
aumento do volume da urina,
aumento do número de micções
surgimento do hábito de urinar à noite
fadiga, fraqueza, tonturas
visão borrada
aumento de apetite
perda de peso.
Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente e podem levar a complicações severas que são a cetoacidose diabética (no DM tipo I) e o coma hiperosmolar (no DM tipo II).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de (incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce .
O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas. Em decorrência do fato de que uma grande percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença em várias situações. O rastreamento de toda a população é porém discutível.
Fatores de Risco para o Diabetes Mellitus
Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para o Diabetes Mellitus:
 
Idade maior ou igual a 45 anos
História Familiar de DM ( pais, filhos e irmãos)
Sedentarismo
HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados
Hipertensão arterial
Doença coronariana
DM gestacional prévio
Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida
Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas, diuréticos tiazídicos e beta-bloqueadores)
Objetivos do Tratamento
Os objetivos do tratamento do DM são dirigidos para se obter uma glicemia normal tanto em jejum quanto no período pós-prandial, e controlar as alterações metabólicas associadas.
Tratamento
O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos importantes:
Plano alimentar: É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente. Para atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação sócioeconômico-cultural.
Composição do plano alimentar
A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos e ingeridos em 5 a 6 porções por dia. As gorduras devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos integrais. O uso habitual de bebidas alcoólicas não é recomendável, principalmente em pacientes obesos, com aumento de triglicerídeos e com mau controle metabólico. Em geral podem ser consumidos uma a duas vezes por semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia).
Atividade física: Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-circulatórias que possam contra-indicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao paciente.
Medicamentos, Hipoglicemiantes orais: São medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as sultoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.
Rastreamento: O rastreamento, a detecção e o tratamento das complicações crônicas do DM deve ser sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço. Uma adequada analise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos periféricos dever ser realizada em cada consulta do paciente. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos, os quais serão melhor detalhados em outros artigos desse site.
Como se previne ?
A prevenção do DM só pode ser realizada no tipo II e nas formas associadas a outras alterações pancreáticas. No DM tipo I, na medida em que o mesmo se desenvolve a partir de alterações auto-imunes, essas podem ser até mesmo identificadas antes do estado de aumento do açúcar no sangue. Esse diagnóstico precoce não pode ser confundido porém com prevenção, que ainda não é disponível.
No DM tipo II, na medida em que uma série de fatores de risco são bem conhecidos, pacientes que sejam portadores dessas alterações podem ser rastreados periodicamente e orientados a adotarem comportamentos e medidas que os retire do grupo de risco.
Assim é que pacientes com história familiar de DM, devem ser orientados a:
 
  • manter peso normal
  • praticar atividade física regular
  • não fumar
  • controlar a pressão arterial
  • evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos)
  • Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.
 

segunda-feira, 2 de agosto de 2010


RECREIO NAS FÉRIAS

Semana passada participei de um evento, o RECREIO NAS FÉRIAS, um projeto vinculado ao PROGRAMA SEGUNDO TEMPO, do governo federal em parceria com a prefeitura de Fortaleza. Por um momento pensei em desistir, afinal não é fácil abrir mão de uma semana das suas férias, mas como já tinha firmado compromisso já há três meses com a SECEL e a ESCOLA CASIMIRO MONTENEGRO, resolvi seguir em frente. O que eu posso dizer é o seguinte: valeu muito à pena!Por vários motivos:

1. A equipe de estagiário-monitores foi excelente. Felipe, Jôse e Dário. Eles sabiam o que precisava ser feito e não esperavam só por mim, tomavam a iniciativa, isso foi bom porque me deixou na condição de me preocupar mais com a parte burocrática;

2. A escola, apesar de não podermos utilizar a quadra, pois estava em reforma, possuía uma boa estrutura física e os funcionários de lá muito simpáticos e prestativos;

3. Os alunos compraram a idéia do RECREIO e participaram bastante, eram cinqüenta beneficiados, teve até quem chorou no final.

A única coisa que me chateou foi uma certa desorganização da SECEL, cansei de receber informações desencontradas quando ligava para lá. Mas acho que serve também de aprendizagem para eles. Agora só resta preencher o formulário e receber o “money”, que é até bom, afinal tem que ser mesmo, pois não é nada fácil cuidar de cinqüenta crianças o dia todo durante uma semana inteira, levando para passeio, sendo responsável por segurança, diversão e alimentação. É de muita responsabilidade. Bem diferente das aulas normais quando você encontra seus alunos uma ou duas vezes na semana por 50 minutos e pronto. Vou postar umas fotos para vocês terem uma idéia do que rolou por lá.















E A VIDA VOLTA AO NORMAL...

 
Nesta segunda, dia 02, recomeçam as aulas no Adalgisa, volta à velha rotina, mas agora tem o campo society, herança da semana do meio-ambiente e a academia, que foi concluída faltando apenas chegarem às máquinas, porém a sala está a disposição. No Ayrton Teixeira as aulas recomeçam dia 04. Lembrando que esse blog foi criado principalmente para atender os meus alunos, esperando que ele seja bastante útil nesse segundo semestre, sem falar de alguns projetos que estou bolando por aí.

Por falar nisso, daqui para o final de semana estarei disponibilizando nesse espaço os primeros arquivos   contendo os conteúdos das aulas.Valeu, até mais.